sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Where is the love?

Todos os dias, mais e mais indícios estão surgindo na minha vida, fazendo com que a minha crença em sua existência seja abalada, questionada.
Não deixarei de acreditar jamais que você existe entre pais e filhos, família, amigos... O que está me atormentando é que minha fé em sua forma romântica, sempre tão forte, está desmoronando aos poucos.
Ao meu redor, só vejo você machucar as pessoas. Pessoas que dizem acreditar em você, não demonstram isso em suas atitudes. São egoístas, mesquinhas e falsas. Fingem se importar, mas no fundo, só se importam com elas mesmas. Para mim, quando se ama outro alguém, você quer o bem dele acima de tudo, quer vê-lo sorrir... Ser o motivo desse sorriso. Talvez o problema seja que te idealizei demais.
Você pode até existir, mas não na forma pura e sincera que deveria. Ou até pode ser que já tenha existido, mas nós, seres humanos, acabamos te transformando nesse sentimento tão questionável que existe hoje em dia.
Ouvimos gente dizer “Eu te amo!” como se fosse “Oi!”. Você, amor, está banalizado. Tão banalizado, que minha esperança de presenciar sua real forma está deixando meu coração aos poucos.
O que eu mais precisava agora era ao menos uma pequena prova de que você realmente existe... ou existiu.
Durante esses anos, nem por um segundo duvidei que você fosse real, mas agora é diferente. Não porque eu nunca o tenha vivido, eu sei que ainda sou nova. O problema é que sou e já fui testemunha várias vezes de “falsos você”. Então, isso planta a horrível dúvida em minha cabeça... “Será que ainda somos capazes de entender o verdadeiro sentido de amar outro alguém? Ter o seu mundo inteiro resumido em uma só pessoa, a felicidade dela se tornar a coisa mais importante da sua vida?”.
Isso também me fez reviver lembranças e duvidar se eu realmente amei aqueles que disse amar. Eu seria capaz de tudo para vê-los felizes?
A partir de todos esses pensamentos, decidi que jamais permitirei que um “Eu te amo!” saía de minha boca sem que eu esteja completamente certa disso. Não vou ajudar a banalizar o sentimento que sempre me guiou, mas que agora tem aspectos seus colocados em jogo para mim. Pode soar extremamente radical, porém é isso que o verdadeiro “amor romântico” significa para mim.
Será que ele realmente existe?